Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mostrou que os transtornos mentais, comuns em parte dos trabalhadores, geram uma perda de R$ 397,2 bilhões por ano no faturamento das empresas. A perda chega a 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Transtornos como depressão e ansiedade são responsáveis pela redução de 800,7 mil empregos gerados no país por ano. Estima-se que a perda em impostos líquidos seja de 25,7 bilhões.
O estudo usou como base os dados da Pesquisa Nacional da Saúde do IBGE, segundo o qual 10,2% da população acima de 18 anos sofre de depressão. Além disso, também considerou a estimativa da Royal Society for Public Health, de que 20% da população ocupada no mundo sofre de algum transtorno mental, e o indicador de saúde expresso em anos de vida ajustados pela doença, desenvolvido por David McDaid e Sara Evans-Lacko, da London School of Economics and Political Science.
“A pesquisa tenta mostrar que os problemas causados pelos transtornos mentais transbordam, geram impactos na família, nos amigos, no trabalho, na performance da empresa. No limite, afeta a sociedade”, afirmou João Gabriel Pio, economista-chefe da Fiemg, à jornalista Cibelle Bouças, em reportagem do jornal Valor Econômico. Pio lembrou ainda que pessoas com depressão e outros transtornos perdem, em média, 51 dias por ano, devido a problemas como faltas, perda de produtividade e licenças médicas.
Como apontou na reportagem o psicólogo Alexandre Coimbra Cabral, desde o início da pandemia, o consumo de remédios para dormir cresceu 45% no país. “As empresas estão percebendo que a saúde mental não é problema específico de um grupo de pessoas. A ansiedade e a depressão atingem desde o chão de fábrica até o CEO”, concluiu.
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Imagem: DanaTentis/ Pixabay