Como perceber e evitar uma recaída da depressão
Você já passou por uma crise depressiva ou conhece alguém que enfrenta essa condição?
Sabemos o quanto pode ser difícil e doloroso lidar com essa questão, buscar um tratamento e, posteriormente, evitar a recaída. É uma batalha que afeta não apenas a mente, ela impacta também o corpo e as emoções. Mas você não está sozinho nessa jornada.
Por isso, queremos compartilhar algumas dicas valiosas que podem fazer a diferença em sua vida ou na vida daqueles que você ama. Acompanhe nosso conteúdo e boa leitura:
Recaída da depressão é normal?
A depressão pode retornar, mesmo após um bom período de remissão.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), indivíduos que já tiveram um episódio de transtorno depressivo têm uma chance de 60% de enfrentar uma recaída em algum momento de suas vidas.
Essas recaídas da depressão podem ocorrer mesmo após meses de ausência de sintomas depressivos, surpreendendo a pessoa com uma piora repentina em seu estado emocional.
A duração e a intensidade das recaídas variam conforme cada indivíduo e seu quadro clínico específico.
Algumas pessoas podem ser mais suscetíveis ao estresse, à ansiedade e a emoções negativas, aumentando o risco de passar por várias recaídas ou de enfrentar uma reincidência significativa pouco tempo após a interrupção do tratamento.
É importante salientar que uma recaída difere de um breve período de mau humor, falta de energia ou pensamentos negativos passageiros.
A recaída indica um retorno significativo dos sintomas depressivos e requer atenção e intervenção adequada para minimizar seu impacto na qualidade de vida do indivíduo.
Quais são os sinais de uma possível recaída da depressão?
Ainda segundo o DSM-5, os critérios para identificar uma recaída da depressão incluem a presença diária de pelo menos 5 dos seguintes sintomas (por um período mínimo de duas semanas):
- Agitação psicomotora, como movimentos acelerados ou lentos demais;
- Alterações significativas no apetite e no peso;
- Culpa excessiva e injustificada;
- Dificuldade de concentração e tomada de decisões;
- Dificuldade para dormir;
- Mudanças frequentes e intensas de humor;
- Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio;
- Perda de interesse em atividades antes consideradas prazerosas;
- Sensação de cansaço constante e falta de energia;
- Sentimentos de incompreensão e desvalorização pessoal.
Se você identificou em si a presença desses sintomas, é fundamental buscar o auxílio de um médico ou psicólogo para uma avaliação adequada e um plano de tratamento orientado.
Como reconhecer um período depressivo?
Se uma pessoa já teve um episódio depressivo anteriormente, recebeu tratamento, experienciou a remissão dos sintomas e, posteriormente, voltou a apresentá-los, isso pode indicar uma recorrência da depressão.
Além dos sinais mencionados anteriormente, a reincidência de um episódio depressivo pode ocorrer em resposta a eventos estressantes, como perda de emprego, término de relacionamento, falecimento de um ente querido, pressões no trabalho, entre outros pontos.
Portanto, se você ou uma pessoa próxima, passou por algum desses eventos estressantes e começou a manifestar sintomas depressivos, é importante prestar atenção, pois pode ser o início de um novo episódio.
Como evitar uma recaída da depressão?
Para evitar uma recaída da depressão, é fundamental seguir algumas medidas preventivas.
Primeiramente, é essencial concluir o tratamento completo do primeiro episódio depressivo, encerrando-o apenas quando receber alta do médico. Isso reduzirá as chances de ocorrer um novo episódio.
No entanto, se surgirem sinais de depressão mesmo após o tratamento, é importante entrar em contato imediatamente com o especialista para que ele determine os próximos passos.
Além disso, adotar um estilo de vida saudável desempenha um papel crucial na prevenção da recaída.
Isso inclui, além de seguir o período de tratamento recomendado por um profissional, praticar atividades físicas regularmente, buscar um ambiente de trabalho leve e equilibrado, garantir uma boa qualidade de sono, cuidar da alimentação e manter uma rotina de autocuidado que envolva o bem-estar físico e mental.
Tratamento com cetamina para depressão resistente
Em casos em que os tratamentos convencionais não mostram eficácia, a cetamina tem demonstrado resultados positivos.
A terapia com cetamina, além de agir em uma área do cérebro diferente dos antidepressivos convencionais, possui efeitos mais rápidos, o que pode fazer toda a diferença para casos graves da doença, assim como na redução de pensamentos suicidas.
Após a análise de diversos estudos, realizada pelo Jornal Brasileiro de Psiquiatria, observou-se que a cetamina tem se mostrado um medicamento eficaz no tratamento da depressão resistente em relação ao tratamento convencional (DRT), proporcionando resultados significativos em um curto período e apresentando poucos efeitos adversos.
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