Metrópoles explica como é feito o tratamento para depressão com cetamina na Beneva
De acordo com as pessoas que já passaram pelo tratamento para depressão com cetamina, a sensação é a de conversar com o próprio cérebro, como relatou uma reportagem do portal Metrópolis, que destacou o trabalho da Beneva.
“Já havia experimentado vários antidepressivos. Nunca fiquei às mil maravilhas, mas também nunca tinha estado tão mal. Foi quando meu psiquiatra recomendou o tratamento com infusões de cetamina”, contou, à jornalista Yasmin Gurgel, a aposentada Sônia Lisboa, de 73 anos, que já se tratava com antidepressivos há mais de 20 anos e chegou a pensar em tirar a própria vida.
A reportagem lembra que a terapia com infusões de cetamina chegou ao Brasil recentemente, no fim de 2000, quando a Anvisa aprovou o uso da substância.
“Descobriu-se que, quando o psicodélico é administrado em doses baixas, ele surte efeitos potentes em pacientes com depressão. Geralmente indicamos para quem não responde bem a dois antidepressivos convencionais ou pessoas com tendência suicida”, afirmou o psiquiatra Rodrigo Delfino, da Beneva — uma das primeiras clínicas a oferecer o tratamento no Brasil, como aponta a matéria.
As infusões duram cerca de 40 minutos, e é monitorada continuamente por uma equipe de saúde. Durante a experiência, os pacientes costumam ter insights e percepções pessoais que ajudam no trabalho da psicoterapia, que deve ocorrer em até 48 horas depois da infusão. A quantidade de sessões depende de um diagnóstico prévio feito pela equipe.
De acordo com a reportagem, apesar de ainda serem necessárias mais pesquisas sobre o tema, é possível afirmar que a cetamina é uma substância segura, quando administrada em contexto médico. E, por conta dos resultados, o tratamento vem sendo apontado como um dos mais promissores atualmente.
“Durante algumas sessões, tive a sensação de que estava conversando com meu próprio cérebro. Outras vezes, era como se cores dançassem acompanhando a música de fundo. As infusões me fizeram querer viver novamente”, concluiu a aposentada Sônia Lisboa.
