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O jornalista Michael Pollan é um dos principais jornalistas norte-americanos a se dedicar ao recente fenômeno conhecido como renascimento psicodélico na ciência. Com seu livro Como Mudar a Sua Mente (Editora Intrínseca), eleito pelo The New York Times um dos dez melhores livros de 2018, ele ajudou a popularizar o contexto histórico de proibição dessas substâncias, bem como o atual panorama dos estudos com psilocibina, MDMA, LSD, entre outras substâncias.
Em 2022, a obra ganhou as telas da Netflix. “A série documental de quatro episódios Como Mudar a Sua Mente é um excelente compilado das informações e reflexões apresentadas no livro, e transcende o trabalho do papel ao apresentar imagens históricas marcantes, conversas reveladoras com grandes nomes da psicodelia e ilustrações lisérgicas que acompanham relatos impressionantes de pessoas que superaram seus fantasmas”, escreveu o jornalista Nathan Fernandes, editor do portal Ciência Psicodélica.
Depois da repercussão, o jornalista lança seu aguardado novo livro: Sob Efeito de Plantas (Editora Intrínseca). Na obra, ele se dedica especificamente a investigar os efeitos de três plantas psicoativas: o ópio, a cafeína e a mescalina (substância psicodélica presente em cactos como o peiote e o são pedro).
Como lembra Pollan, todas essas substâncias causam alterações na consciência, mas seus usos divergem bastante. “Por que não pensamos nela [na cafeína] como uma droga, nem no seu uso diário como um vício? A resposta é simples: a cafeína é legal e socialmente aceita. Mas o que faz, então, da substância uma ‘droga’?”, anuncia o texto de apresentação do livro. “Por que nos esforçamos tanto para buscar esses estados alterados de consciência e depois cercamos esse desejo universal de leis, taxas e problemáticas?”
A revista Gama publicou um trecho do livro, recém chegado às livrarias, no qual destaca o uso do café.
“A xícara de café matinal chega bem a tempo de barrar a angústia mental iminente convocada pela xícara de café do dia anterior. Todos os dias a cafeína se coloca como solução ideal para o problema que ela mesma cria. Brilhante!”, escreve o autor, que decidiu fazer um auto-experimento, ao testar os efeitos da abstinência da bebida.
“De maneira muito semelhante a um alimento, uma droga psicoativa é menos uma coisa – sem um cérebro humano, é inerte – do que um relacionamento; é preciso tanto uma molécula quanto uma mente para fazer algo acontecer”, explica o jornalista.
Para ler o trecho completo do livro, acesse o site da revista Gama.