Um estudo da Universidade Northwestern conseguiu responder pela primeira vez, através de pesquisas em camundongos, por que o efeito antidepressivo da cetamina é mais rápido do que medicamentos convencionais, mostrando como a substância age no cérebro e como seus efeitos colaterais podem ser reduzidos.
Publicado em junho, no periódico Nature Communications, os resultados do estudo mostraram que, enquanto os medicamentos convencionais produzem um aumento no número de novos neurônios, que impulsionam mudanças comportamentais, a cetamina aumenta a atividade de neurônios já existentes, fazendo com que seu efeito antidepressivo possa ser percebido em poucas horas. .
“Reduzimos a população de células a uma pequena janela envolvida”, disse, em um comunicado, o principal autor do estudo, John Kessler. “Isso é importante porque quando você dá cetamina aos pacientes, ela afeta várias regiões do cérebro e causa muitos efeitos colaterais adversos. Mas como agora sabemos exatamente quais células queremos atingir, podemos projetar medicamentos que foquem apenas nelas”.
“O objetivo é desenvolver um antidepressivo que não leve de três a quatro semanas para fazer efeito, porque as pessoas não se saem bem durante esse período”, disse Kessler. “Se você está muito deprimido, começa a tomar remédio e nada acontece, isso é deprimente em si. Ter algo que funcione imediatamente faria uma enorme diferença.”
Imagem: Nappy/ Creative Commons