Ibogaína| Tratamento da dependência química | Clínica Beneva

Ibogaína no tratamento da
dependência química

Quem somos

Informações básicas

A Beneva é uma rede de clínicas com sede no Brasil, que trabalha com uma abordagem integrativa para o cuidado em saúde mental e explorando as mais novas fronteiras do conhecimento científico sobre psicodélicos. Nossa missão é apoiar as pessoas em sua busca por mais saúde mental e qualidade de vida.

O Brasil é um dos países que mais tem se destacado no atual renascimento das pesquisas com psicodélicos, e a legislação local permite que a Beneva ofereça tratamentos com ibogaína para dependência química em condições absolutamente legais e seguras, com profissionais de larga experiência.

A ibogaína é um alcalóide extraído de algumas plantas originárias da África, como Tabernanthe Iboga e Voacanga africana. Ela tem sido usada em rituais ancestrais desde os tempos pré-históricos. Em 1962, Howard Lotsof descobriu que a ibogaína tem um efeito muito significativo no tratamento da dependência química. Desde então, tem sido utilizada no tratamento da dependência de opióides, de outras substâncias psicoativas, como o crack e a cocaína, e de dependências não químicas.

Com um protocolo adequado, a ibogaína é uma substância segura, e uma única dose é capaz de eliminar, em poucas horas, a compulsão por drogas e os efeitos da síndrome de abstinência de forma persistente.

Aqui, incluímos as informações mais importantes e mais procuradas pelos pacientes que desejam tratar algum tipo de dependência. Esperamos que essa página o ajude a compreender melhor o funcionamento e as potencialidades deste tratamento.

Quem somos

Informações básicas

A Beneva é uma rede de clínicas com sede no Brasil, que trabalha com uma abordagem integrativa para o cuidado em saúde mental e explorando as mais novas fronteiras do conhecimento científico sobre psicodélicos. Nossa missão é apoiar as pessoas em sua busca por mais saúde mental e qualidade de vida.

O Brasil é um dos países que mais tem se destacado no atual renascimento das pesquisas com psicodélicos, e a legislação local permite que a Beneva ofereça tratamentos com ibogaína para dependência química em condições absolutamente legais e seguras, com profissionais de larga experiência.

A ibogaína é um alcalóide extraído de algumas plantas originárias da África, como Tabernanthe Iboga e Voacanga africana. Ela tem sido usada em rituais ancestrais desde os tempos pré-históricos. Em 1962, Howard Lotsof descobriu que a ibogaína tem um efeito muito significativo no tratamento da dependência química. Desde então, tem sido utilizada no tratamento da dependência de opióides, de outras substâncias psicoativas, como o crack e a cocaína, e de dependências não químicas.

Com um protocolo adequado, a ibogaína é uma substância segura, e uma única dose é capaz de eliminar, em poucas horas, a compulsão por drogas e os efeitos da síndrome de abstinência de forma persistente.

Aqui, incluímos as informações mais importantes e mais procuradas pelos pacientes que desejam tratar algum tipo de dependência. Esperamos que essa página o ajude a compreender melhor o funcionamento e as potencialidades deste tratamento.

Ciência

O que a ciência diz sobre o uso da ibogaína para o tratamento da dependência química?

Tradicionalmente, a ibogaína vem sendo usada para o tratamento de dependência química, graças, principalmente, aos efeitos farmacológicos e psicológicos que vêm sendo confirmados por estudos publicados nos últimos 20 anos.

Diferentes estudos mostram uma redução significativa na fissura e nos sintomas de abstinência após a ingestão da ibogaína sob supervisão médica (BROWN, 2019 e MASH, 2001).

Um estudo de 2018 que acompanhou 50 dependentes de opioides tratados com a substância, por exemplo, constatou que “78% deles não apresentavam sinais clínicos objetivos de abstinência, 79% relataram desejos mínimos de opioides” (MALCOLM, 2018).

Outro estudo, realizado no Brasil, investigou retrospectivamente uma amostra de 75 pessoas que faziam uso problemático de substâncias, principalmente crack. Concluiu-se que o tratamento com uma ou múltiplas doses de ibogaína aumentou significativamente o período de abstinência entre as recaídas. De fato, todas as mulheres da amostra e 51% dos homens permaneciam abstinentes no momento das entrevistas (SCHENBERG, 2014).

O trabalho mostrou que pessoas com alcoolismo também se beneficiaram dos efeitos positivos da ibogaína, uma vez que a substância promove a redução dos efeitos recompensadores do álcool, conforme mostram pesquisas com modelos animais (HENRIQUES, 2021).

O efeito da ibogaína é explicado por diferentes mecanismos. Ela atua no sistema serotonérgico, como outros psicodélicos, mas também nos receptores opióides e na produção do hormônio GDNF. Esse hormônio é conhecido por aumentar a conexão entre os neurônios, a formação de sinapses e o equilíbrio dos neurotransmissores, levando a uma sensação sustentada de bem-estar e à diminuição do desejo de consumir drogas.

Ciência

O que a ciência diz sobre o uso da ibogaína para o tratamento da dependência química?

Tradicionalmente, a ibogaína vem sendo usada para o tratamento de dependência química, graças, principalmente, aos efeitos farmacológicos e psicológicos que vêm sendo confirmados por estudos publicados nos últimos 20 anos.

Diferentes estudos mostram uma redução significativa na fissura e nos sintomas de abstinência após a ingestão da ibogaína sob supervisão médica (BROWN, 2019 e MASH, 2001).

Um estudo de 2018 que acompanhou 50 dependentes de opioides tratados com a substância, por exemplo, constatou que “78% deles não apresentavam sinais clínicos objetivos de abstinência, 79% relataram desejos mínimos de opioides” (MALCOLM, 2018).

Outro estudo, realizado no Brasil, investigou retrospectivamente uma amostra de 75 pessoas que faziam uso problemático de substâncias, principalmente crack. Concluiu-se que o tratamento com uma ou múltiplas doses de ibogaína aumentou significativamente o período de abstinência entre as recaídas. De fato, todas as mulheres da amostra e 51% dos homens permaneciam abstinentes no momento das entrevistas (SCHENBERG, 2014).

O trabalho mostrou que pessoas com alcoolismo também se beneficiaram dos efeitos positivos da ibogaína, uma vez que a substância promove a redução dos efeitos recompensadores do álcool, conforme mostram pesquisas com modelos animais (HENRIQUES, 2021).

O efeito da ibogaína é explicado por diferentes mecanismos. Ela atua no sistema serotonérgico, como outros psicodélicos, mas também nos receptores opióides e na produção do hormônio GDNF. Esse hormônio é conhecido por aumentar a conexão entre os neurônios, a formação de sinapses e o equilíbrio dos neurotransmissores, levando a uma sensação sustentada de bem-estar e à diminuição do desejo de consumir drogas.

A psicoterapia é mesmo
necessária?

A psicoterapia é uma parte essencial do tratamento. As sessões começam pelo menos um mês antes da administração da ibogaína e continuam por pelo menos mais um mês. Durante a sessão de ibogaína, os pacientes frequentemente acessam memórias profundas da infância e adolescência, e algumas delas podem ser dolorosas.

Lidar com os sentimentos que surgem pode não ser tão simples, mas acessar essas memórias de forma guiada e protegida é seguramente um fator de melhoria. O acompanhamento psicoterapêutico ajuda a processar as experiências vividas e sentidas durante o efeito da substância, ajudando o paciente a superar seus problemas.

Além disso, após a ingestão de ibogaína, o cérebro passa por um período de alta neuroplasticidade (HE e RON, 2013). A psicoterapia pode se beneficiar muito desse estado, permitindo que o paciente ressignifique mais facilmente eventos passados, produza e consolide novos hábitos e perspectivas de vida.

A psicoterapia é mesmo
necessária?

A psicoterapia é uma parte essencial do tratamento. As sessões começam pelo menos um mês antes da administração da ibogaína e continuam por pelo menos mais um mês. Durante a sessão de ibogaína, os pacientes frequentemente acessam memórias profundas da infância e adolescência, e algumas delas podem ser dolorosas.

Lidar com os sentimentos que surgem pode não ser tão simples, mas acessar essas memórias de forma guiada e protegida é seguramente um fator de melhoria. O acompanhamento psicoterapêutico ajuda a processar as experiências vividas e sentidas durante o efeito da substância, ajudando o paciente a superar seus problemas.

Além disso, após a ingestão de ibogaína, o cérebro passa por um período de alta neuroplasticidade (HE e RON, 2013). A psicoterapia pode se beneficiar muito desse estado, permitindo que o paciente ressignifique mais facilmente eventos passados, produza e consolide novos hábitos e perspectivas de vida.

Equipe especializada

Qual é a experiência dos especialistas
em ibogaína da Beneva?

CRM: 49871

Dr. Bruno Rasmussen

Diretor Médico

É o diretor médico da Beneva e um dos profissionais mais experientes no uso clínico da ibogaína no mundo. Em quase trinta anos, Rasmussen tratou mais de 2.000 pacientes com psicoterapias integradas de saúde mental, especialmente com ibogaína. Formado pela Universidade Federal de São Paulo com especialização em medicina interna e gastroenterologia, ele é treinado em terapias assistidas por psicodélicos pela organização norte-americana MAPS (Associação Multidisciplinar para Estudos Psicodélicos) e liderou o único ensaio piloto de MDMA para estresse pós-traumático realizado na América Latina até o momento.

CRM: 34833

Dr. Dartiu Xavier da Silveira

Psiquiatra

Um dos psiquiatras mais renomados do Brasil, é consultor científico da Beneva e responsável pelo apoio aos pacientes de ibogaína. Em quatro décadas de experiência, desenvolveu uma carreira acadêmica e clínica focada em tratamentos de dependência e abuso de substâncias. Professor da Universidade Federal de São Paulo, é pioneiro em pesquisas com ayahuasca, psilocibina, ibogaína e MDMA no país, além de membro da American Psychiatry Association, da International Association for Analytical Psychology e pesquisador da Universidade da Califórnia (UCLA).

CRP: 85113/06

Dr. Bruno Gomes

Psicólogo

É psicólogo e mestre em saúde pública pela Universidade de São Paulo, além de doutor em saúde coletiva pela Universidade Estadual de Campinas. Pesquisou o uso da ayahuasca para a recuperação de pessoas em situação de rua e o uso da ibogaína no tratamento da dependência química. Trabalha desde 2010 com psicoterapia associada por ibogaína, ayahuasca e outros psicodélicos no tratamento de dependentes químicos.

COREN: 765171

Márcio Lima

Técnico de Enfermagem

Mais de uma década de experiência no suporte a pacientes em terapia assistida com ibogaína no Brasil e o único técnico de enfermagem do país com expertise no protocolo da Global Ibogaine Alliance realizado pela Beneva.

Luciene Mafra

Acolhimento

Trabalhando com o Dr. Bruno Rasmussen há 14 anos, ela é responsável por acolher e apoiar os pacientes desde o primeiro contato até o final do tratamento, em todas as questões práticas.

Equipe especializada

Qual é a experiência dos especialistas
em ibogaína da Beneva?

CRM: 49871

Dr. Bruno Rasmussen

Diretor Médico

É o diretor médico da Beneva e um dos profissionais mais experientes no uso clínico da ibogaína no mundo. Em quase trinta anos, Rasmussen tratou mais de 2.000 pacientes com psicoterapias integradas de saúde mental, especialmente com ibogaína. Formado pela Universidade Federal de São Paulo com especialização em medicina interna e gastroenterologia, ele é treinado em terapias assistidas por psicodélicos pela organização norte-americana MAPS (Associação Multidisciplinar para Estudos Psicodélicos) e liderou o único ensaio piloto de MDMA para estresse pós-traumático realizado na América Latina até o momento.

CRM: 34833

Dr. Dartiu Xavier da Silveira

Psiquiatra

Um dos psiquiatras mais renomados do Brasil, é consultor científico da Beneva e responsável pelo apoio aos pacientes de ibogaína. Em quatro décadas de experiência, desenvolveu uma carreira acadêmica e clínica focada em tratamentos de dependência e abuso de substâncias. Professor da Universidade Federal de São Paulo, é pioneiro em pesquisas com ayahuasca, psilocibina, ibogaína e MDMA no país, além de membro da American Psychiatry Association, da International Association for Analytical Psychology e pesquisador da Universidade da Califórnia (UCLA).

CRP: 85113/06

Dr. Bruno Gomes

Psicólogo

É psicólogo e mestre em saúde pública pela Universidade de São Paulo, além de doutor em saúde coletiva pela Universidade Estadual de Campinas. Pesquisou o uso da ayahuasca para a recuperação de pessoas em situação de rua e o uso da ibogaína no tratamento da dependência química. Trabalha desde 2010 com psicoterapia associada por ibogaína, ayahuasca e outros psicodélicos no tratamento de dependentes químicos.

COREN: 765171

Márcio Lima

Técnico de Enfermagem

Mais de uma década de experiência no suporte a pacientes em terapia assistida com ibogaína no Brasil e o único técnico de enfermagem do país com expertise no protocolo da Global Ibogaine Alliance realizado pela Beneva.

Luciene Mafra

Acolhimento

Trabalhando com o Dr. Bruno Rasmussen há 14 anos, ela é responsável por acolher e apoiar os pacientes desde o primeiro contato até o final do tratamento, em todas as questões práticas.

Como funciona

Como é feito o tratamento de
psicoterapia assistida por ibogaína
na Beneva?

O tratamento começa pelo menos um mês antes da sessão de ibogaína. Nessa primeira fase, o paciente passa por exames, preparo psicológico e um desmame de substâncias com potencial de interações medicamentosas. Em seguida, é realizada a sessão psicodélica, com supervisão médica, num hospital de excelência. Após essa experiência, o paciente inicia acompanhamento psicológico por algumas semanas, com a missão de prepará-lo para sua nova vida.

Todas as etapas do tratamento são pensadas para aumentar a eficácia do tratamento e garantir uma jornada segura, com triagem adequada, protocolo de exames e avaliação individualizada de cada paciente por nossa equipe de especialistas.

Passo 1

Triagem

Na Beneva, a segurança vem em primeiro lugar. Por isso, os pacientes passam por uma triagem que avalia seu estado geral de saúde, bem como seu estado psicológico e psiquiátrico. O objetivo é garantir que o paciente não tenha nenhuma contraindicação ao uso da ibogaína.

Passo 2

Pré-tratamento

Ao ser admitido para o tratamento, o paciente entra em preparo médico e psicológico. Além da psicoterapia, a pessoa recebe apoio de médicos especialistas para ficar um período limpo de substâncias tóxicas e certos medicamentos, a fim de prevenir complicações cardíacas.

Passo 3

Tratamento

Na chegada a Ourinhos, o paciente e seu acompanhante realizam o check-in no hotel, onde conhecerão a equipe da Beneva. No dia seguinte, ele é hospitalizado na Santa Casa da cidade. Durante a sessão, ingere cápsulas com alta dose de ibogaína purificada por GMP. A alta acontece 24 horas depois da administração da substância. Depois de um dia, no geral, o paciente já pode voltar para casa.

Passo 4

Pós-tratamento

Após a sessão, é comum que os pacientes passem alguns dias pensativos e introspectivos. As primeiras sessões de psicoterapia acontecem nesses dias para ajudar a pessoa a lidar com a experiência. Normalmente, o desejo por drogas desaparece, enquanto o cérebro ainda se beneficia do aumento da neuroplasticidade. A psicoterapia ajudará o paciente a reconstruir sua vida a partir de uma nova perspectiva.

faq

Dúvidas frequentes

Por que preciso me submeter a um tratamento no hospital?

Para que a equipe médica possa cuidar bem de você em caso de qualquer complicação, principalmente arritmias cardíacas. Nosso protocolo é feito para prevenir qualquer adversidade, mas, no hospital, estamos preparados para tomar os melhores cuidados.
Que tipo de ibogaína vou tomar?

Cloridrato de ibogaína de alta pureza (>99%), em cápsulas, fabricado de acordo com Boas Práticas de Fabricação. A pureza é importante para a segurança do tratamento, pois a presença de outros compostos pode causar reações indesejáveis. A substância é importada legalmente para o país, em nome de cada paciente, e é entregue e armazenada no hospital até o dia do tratamento.
Preciso parar de usar drogas antes do tratamento? Por quê?

Depende da substância. No caso dos opióides, nossa equipe apoiará o paciente e seu médico na substituição de sua droga de escolha por outra com meia-vida mais curta, como a morfina.

No caso de estimulantes como cocaína, crack e anfetaminas, o paciente deve interromper o uso por 30 dias antes do tratamento para evitar reações cardíacas adversas que podem ser causadas pela interação da ibogaína com essas substâncias.

Também é necessário interromper o uso de certos antidepressivos para garantir a eficácia do tratamento. Nossa equipe interage com os médicos e cuidadores do paciente para fornecer suporte abrangente a fim de concluir esta importante etapa do pré-tratamento.

A experiência

Como vou me sentir quando usar ibogaína?

Pessoas diferentes experimentam efeitos diferentes. Características pessoais, histórico de uso de substâncias e expectativas são algumas das coisas que podem influenciar a experiência psicodélica. O efeito terapêutico, entretanto, não depende da intensidade da experiência sensorial. Além disso, o paciente lidará com alguns efeitos colaterais. A sucessão de eventos é geralmente dividida em três fases principais.

Sintomas gerais

Cerca de 60 minutos após a ingestão da ibogaína, manifestam-se sintomas gerais como náuseas, tonturas e tremores, além de algumas distorções sensoriais. É comum os pacientes ouvirem zumbidos e sentirem maior sensibilidade ao som e à luz.

Pensamento acelerado

Os sintomas gerais desaparecem gradualmente e os pensamentos começam a fluir de forma mais rápida. Nesta fase, a maioria dos pacientes — mas nem todos — tem lembranças e visões de momentos da vida, geralmente da infância e adolescência. As memórias são tão vivas quanto um filme. Em alguns casos, os pacientes até interagem com as pessoas que “encontram”. Algumas pessoas, no entanto, não percebem nenhuma mudança psicológica nesta fase. A ausência de efeitos não é um marcador de sucesso do tratamento.

Expansão da consciência

À medida que as memórias desaparecem, o paciente entra em uma fase final de expansão da consciência. Ele passa a ter insights sobre tudo o que lembrava e via, reinterpretando acontecimentos, comportamentos e percepções sobre si mesmo, sobre os outros e sobre a vida. É comum que os pacientes fiquem acordados a noite toda, processando a experiência, que tem duração de 12 horas ou mais.

Segurança

O uso da ibogaína é seguro?

A ibogaína altera as funções cardíacas, tornando o coração mais propenso a arritmias que podem ser fatais. Essas complicações são mais propensas de acontecer em pacientes que não estão em bom estado de saúde ou que fazem uso de substâncias específicas que podem interagir com a ibogaína. A depleção de magnésio e o uso concomitante de estimulantes e alguns tipos de antidepressivos são exemplos de fatores de risco. Por isso, é fundamental seguir as orientações médicas adequadas.

Não há relatos na literatura de mortes associadas ao consumo de ibogaína isoladamente. O que existe são casos de pessoas que morreram de complicações cardíacas após consumirem ibogaína de origem desconhecida, em combinação com uma ou mais drogas — como álcool e cocaína. Além disso, como relatado pelo pesquisador Kenneth Alper (ALPER, 2012), essas complicações se deram fora do ambiente hospitalar, às vezes sem nenhum atendimento médico.

Alper relatou os casos de 19 pacientes, com informações de atestados de óbito e necrópsia, e concluiu que todos haviam feito uso de outra droga concomitante à ibogaína. Por isso, na clínica Beneva damos especial atenção ao período de preparação farmacológica que antecede o tratamento.

Quais as contraindicações e efeitos colaterais?

A ibogaína é um composto muito potente, às vezes referido como a substância psicoativa mais poderosa conhecida. Ela atua principalmente no sistema nervoso, mas também em outros sistemas e órgãos, por isso não é recomendado para pessoas com problemas cardíacos, renais ou hepáticos graves. Além disso, pode ser contraindicada no caso de algumas condições mentais, como psicose ativa e transtorno bipolar. A pessoa que vai tomá-la deve estar em boas condições gerais de saúde para que o sistema possa metabolizar adequadamente a substância a fim de evitar complicações. Entre os possíveis efeitos colaterais estão náuseas, tonturas, tremores, zumbido no ouvido e aumento da sensibilidade ao som e à luz.

Por que a administração de ibogaína precisa ser feita em hospitais?

Os estudos que demonstram a eficácia da ibogaína foram realizados com altas dosagens, que aumentam a probabilidade de complicações cardíacas. Por isso, apesar dos vários cuidados para prevenir essas situações, é importante manter uma equipe atenta ao monitoramento do coração, permitindo assim detectar eventuais problemas no momento em que surgirem a fim de se tomarem as devidas providências, prevenindo evoluções de risco. De acordo com o princípio fundamental da medicina, nosso principal compromisso é proporcionar uma experiência segura.

Status legal

Posso fazer o tratamento com ibogaína legalmente no Brasil?

Sim.

A importação e o uso da ibogaína são garantidos por uma resolução de 2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela permite a importação de medicamentos não registrados no Brasil para uso individual, desde que o paciente tenha receita médica o que se aplica à ibogaína produzida sob as Boas Práticas de Fabricação. A importação também é permitida porque a substância não consta na lista de substâncias controladas do país.

Conforme afirma a resolução:

“Os medicamentos não registrados podem ser importados e utilizados desde que tenham receita médica, sejam importados em nome do paciente para uso pessoal e em quantidade para uso de curto prazo (até 180 dias).”

Além disso, um parecer do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas de São Paulo, de 14 de janeiro de 2016, autoriza expressamente o uso da ibogaína para tratamento de dependências, em ambiente hospitalar, com acompanhamento médico, além de estimular o desenvolvimento de pesquisas sobre o uso da substância para este fim:

“Os princípios ativos derivados da Tabernanthe iboga e outras espécies do gênero Tabernaemontana (família Apocynaceae), particularmente as formulações de ibogaína, somente podem ser administrados para o tratamento do uso problemático de substâncias psicoativas, em ambiente hospitalar, com supervisão e controle médico, tendo em conta o exercício da profissão e as recomendações da boa prática clínica, incluindo exames clínicos e psiquiátricos criteriosos, bem como avaliação psicológica e acompanhamento psicoterapêutico.”

Referências

Onde posso encontrar informações
científicas sobre a ibogaína?


A lista abaixo é uma seleção de estudos feita pelo diretor médico da Beneva, Bruno Rasmussen.

BROWN TK. Ibogaine in the treatment of substance dependence. Curr Drug Abuse Rev. 2013 Mar;6(1):3-16. doi: 10.2174/15672050113109990001. PMID: 23627782.


BROWN TK, ALPER K. Treatment of opioid use disorder with ibogaine: detoxification and drug use outcomes. Am J Drug Alcohol Abuse. 2018;44(1):24-36. doi: 10.1080/00952990.2017.1320802. Epub 2017 May 25. PMID: 28541119.


BROWN TK, NOLLER GE, DENENBERG JO. Ibogaine and Subjective Experience: Transformative States and Psychopharmacotherapy in the Treatment of Opioid Use Disorder. J Psychoactive Drugs. 2019 Apr-Jun;51(2):155-165. doi: 10.1080/02791072.2019.1598603. Epub 2019 Apr 9. PMID: 30967101.


DAVIS AK, BARSUGLIA JP, WINDHAM-HERMAN AM, LYNCH M, POLANCO M. Subjective effectiveness of ibogaine treatment for problematic opioid consumption: Short- and long-term outcomes and current psychological functioning. J Psychedelic Stud. 2017 Nov;1(2):65-73. doi: 10.1556/2054.01.2017.009. Epub 2017 Oct 17. PMID: 30272050; PMCID: PMC6157925.


KOENIG X, KOVAR M, RUBI L, MIKE AK, LUKACS P, GAWALI VS, TODT H, HILBER K, SANDTNER W. Anti-addiction drug ibogaine inhibits voltage-gated ionic currents: a study to assess the drug's cardiac ion channel profile. Toxicol Appl Pharmacol. 2013 Dec 1;273(2):259-68. doi: 10.1016/j.taap.2013.05.012. Epub 2013 May 22. PMID: 23707769; PMCID: PMC3853361.


MALCOLM BJ, POLANCO M, BARSUGLIA JP. Changes in Withdrawal and Craving Scores in Participants Undergoing Opioid Detoxification Utilizing Ibogaine. J Psychoactive Drugs. 2018 Jul-Aug;50(3):256-265. doi: 10.1080/02791072.2018.1447175. Epub 2018 Apr 2. PMID: 29608409.


NOLLER GE, FRAMPTON CM, YAZAR-KLOSINSKI B. Ibogaine treatment outcomes for opioid dependence from a twelve-month follow-up observational study. Am J Drug Alcohol Abuse. 2018;44(1):37-46. doi: 10.1080/00952990.2017.1310218. Epub 2017 Apr 12. PMID: 28402682.


PARKER LA, SIEGEL S. Modulation of the effects of rewarding drugs by ibogaine. Alkaloids Chem Biol. 2001;56:211-25. doi: 10.1016/s0099-9598(01)56015-0. PMID: 11705109.


SCHENBERG EE, DE CASTRO COMIS MA, CHAVES BR, DA SILVEIRA DX. Treating drug dependence with the aid of ibogaine: a retrospective study. J Psychopharmacol. 2014 Nov;28(11):993-1000. doi: 10.1177/0269881114552713. Epub 2014 Sep 29. PMID: 25271214.


SCHENBERG, E. E., de Castro Comis, M. A., Alexandre, J. F. M., Chaves, B. D. R., Tófoli, L. F., & da Silveira, D. X. (2017). Treating drug dependence with the aid of ibogaine: A qualitative study, Journal of Psychedelic Studies, 1(1), 10-19. doi: https://doi.org/10.1556/2054.01.2016.002

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