A inteligência artificial não é a única revolução que habita a mente de Sam Altman, diretor executivo da OpenAI, empresa que controla o Chat GPT. Altman também é presidente de uma startup que pretende viabilizar o tratamento com psicodélicos a um público mais amplo, a Journey Colab, uma parceria com a clínica de reabilitação All Points North.
Uma reportagem do The Washington Post, escrita por Daniel Gilbert, destacou que o interesse de executivos, como Altman, pelos psicodélicos mostra o entusiasmo com o qual essas substâncias estão sendo vistas por investidores do Vale do Silício.
De acordo com a operadora PitchBook, desde 2019, quando a Food and Drug Administration (FDA) aprovou uma variação da cetamina para tratar a depressão — o spray Spravato —, empresas de serviços relacionados aos psicodélicos levantaram mais de US$ 560 milhões em capital de risco.
Apesar de o Spravato ser o único medicamento psicodélico aprovado para uso a nível federal nos EUA, substâncias como MDMA e psilocibina já obtiveram o status de “terapias inovadoras”, fazendo com que devam ser aprovadas em breve, sendo que, no Oregon, a psilocibina já é legalizada desde 2020; e, no Colorado, o uso legal deve começar em 2024.
“Eu não acho que alguém tenha ainda descoberto [como será o negócio da medicina psicodélica], como isso vai fazer sentido econômico e como vamos garantir que essa será uma experiência boa e segura para as pessoas”, acredita Altman.
Além do investimento em pesquisas, entre as medidas adotadas pela Journey Colab, está a reserva de 10% do patrimônio da empresa para grupos indígenas nos EUA. Mas a ideia, a princípio, é descobrir como criar um modelo de negócio sustentável.
Como lembra a reportagem, a organização mais avançada na ideia de disponibilizar psicodélicos para o público geral é uma ong chamada Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies (MAPS), que já arrecadou mais de $130 milhões desde a sua fundação em 1986, para os estudos com MDMA.
A MAPS tem direitos exclusivos sobre os dados que comprovam a eficácia do MDMA, impedindo a concorrência de genéricos por pelo menos cinco anos, e possui uma subsidiária com fins lucrativos para lidar com o lançamento, se for aprovado. De acordo com Amy Emerson, CEO da subsidiária, o maior desafio é garantir que todos tenham acesso ao medicamento.
Como lembrou o CEO da Journey Colab, Jeeshan Chowdhury, “estamos começando em um ambiente onde temos o suporte para poder fazer isso, e vamos aplicar o modelo em outros centros”.
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Imagem: Reprodução