Um novo estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) reforçou o potencial da psilocibina no tratamento da depressão grave. O ensaio clínico de fase 2, financiado pelo Instituto Usona, contou com a participação de pesquisadores das Universidades Johns Hopkins, Yale e da Califórnia.
“À medida que a pesquisa clínica com psicodélicos avança, a psilocibina tem se destacado com resultados consistentemente promissores”, afirmou ao blog Virada Psicodélica, da Folha de S.Paulo, o psiquiatra Marcelo Falchi, do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Trata-se do terceiro teste clínico a atestar o efeito antidepressivo da psilocibina, substância presente nos cogumelos. O primeiro, de 2021, comparou a psilocibina com um antidepressivo, o escitalopram; enquanto o segundo, de 2022, foi considerado o maior do tipo, com 233 pacientes.
Desta vez, os pesquisadores dividiram os 104 participantes da pesquisa (diagnosticados com depressão grave) em dois grupos, sendo que uma parte ingeriu placebo; e a outra, 25 mg de psilocibina sintética. Ambos os grupos participaram de sessões de psicoterapia.
Depois de seis semanas, os voluntários tratados com psilocibina apresentaram uma redução maior, em comparação com o grupo placebo, na pontuação do questionário padronizado MADRS.
“Estas descobertas acrescentam evidências crescentes de que a psilocibina – quando administrada com apoio psicológico – pode ser promissora como uma nova intervenção para o Transtorno Depressivo Maior”, escreveram os pesquisadores no estudo.
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Imagem: Pexels/ Alena Shekhovtcova